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Impressiona a capacidade de a Infraero sobreviver a privatizações


Intenção é leiloar todos os aeroportos até 2020, mas a resistente estatal permaneceria

A licitação de aeroportos já tem uma história. Há sete anos, ainda na Era PT, no início do primeiro governo Dilma, a iniciativa privada passou a administrar Guarulhos e Viracopos, em São Paulo, e o aeroporto de Brasília. Depois, entre os grandes terminais, veio o Galeão/Tom Jobim (RJ).

Dificuldades da economia brasileira desestabilizaram as finanças de concessionárias, mas nada que não pudesse e possa ser superado. Importa é que, em todo este tempo, o usuário de transporte aéreo tem podido usufruir melhorias feitas nos terminais. Passou o tempo das “rodoviárias”. Embora ainda existam.

Por todas essas rodadas de privatização, a Infraero passou relativamente incólume. A justificativa é que ela tem de existir devido a um sem número de pequenos aeroportos que não são rentáveis, mas que precisam operar.

Porém, há outro aspecto: a Infraero é um clássico cabide de empregos da velha política, distribuídos pelo governo de turno de forma fisiológica. Há, ainda, como em toda empresa pública, corporações que “privatizam” a companhia, e se opõem a tudo que ameace empregos e vantagens. Não importam os interesses da sociedade em melhores serviços e menos impostos.

O governo Bolsonaro, que assumiu com adequadas propostas privatistas, deve anunciar a licitação, até o início de 2022, de todos os 42 aeroportos que restaram com a Infraero, sendo que 12 foram licitados no bem-sucedido leilão de sexta-feira.

Duas joias da coroa serão leiloadas, Congonhas e Santos Dumont, o segundo e o terceiro aeroportos mais movimentados do país, pontos da rota mais rentável, a ponte aérea Rio-São Paulo. Belém será oferecido nesse momento. Já houve quem pensasse em manter Congonhas e Santos Dumont com a estatal, para cobrir os custos dela. Ideia apenas de interesse de corporações.

Como deve ser, CGH e SDU serão a cabeça de dois pacotes a serem leiloados, cada um com vários aeroportos menores das duas cidades (Campo de Marte e Jacarepaguá) e de regiões próximas. Do pacote do SDU constarão terminais mineiros, como Pampulha; do grupo de CGH, aeroportos de Mato Grosso.

Mais uma vez a Infraero resistirá, agora com o argumento de que é necessário manter a empresa para atender a dispositivos legais que colocam a União como responsável por todos os aeroportos brasileiros.

Pode ser, mas não se deve esquecer que a Infraero nasceu no governo Médici com a promessa de ter 600 funcionários. Chegou a mais de 10.000.

(Fonte: O Globo)

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