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União abre licitação para concessão de florestas

Rio – O governo vai lançar o edital de concessão de extração com manejo sustentável daquela que é considerada a melhor floresta do país. Trata-se da Floresta Nacional de Caxiuanã, no Pará, com 175 mil hectares para exploração na região próxima a Ilha de Marajó.

O anúncio foi feito pelo gerente executivo do Serviço de Concessão de Florestas do Governo, Henrique Dolabella, no 2º Encontro Nacional de Editores, Colunistas e Blogueiros, em Brasília. No setor do meio ambiente, especialistas apontam a floresta como o ‘filé mignon’ no país para a concessão, e que muitas empresas sérias já estão de olho no edital.

“É uma floresta muito rica, de uma logística excelente e vai possibilitar uma melhoria da condição econômica da área muito grande”, afirmou Dolabella, que expôs as razões para que a floresta seja ofertada.

O objetivo das concessões florestais, criado em 2006 pela Lei 11.284/2006, é promover o manejo sustentável de florestas públicas por meio de uma parceria entre o setor privado e o Estado. Até agora foram 575 mil hectares concedidos. Neste mês está previsto a abertura do edital de Caxiuanã. Trocando em miúdos, é como retirar as árvores centrais de um imenso campo, o que a possibilita de se renovar.

Além de conceder áreas para o manejamento sustentável, a política de concessões beneficia a melhoria da qualidade de vida da população que vive entorno das florestas, além de instigar a economia formal graças aos produtos vindos destas matas concedidas. A iniciativa também pode estimular a emancipação econômica dos municípios contemplados e combater a grilagem de terras públicas.

Dolabella afirmou que antes de conceder as terras é realizado um rigoroso planejamento de infraestrutura e colheita das árvores para minimizar o impacto ambiental dos cortes. Em contrapartida do uso sustentável, os concessionários pagam valores que variam ao governo.

“A gente tem necessidade de que a população da floresta seja capaz de se desenvolver economicamente, e o IDH deste povo é, em geral, muito baixo. Nós estamos tentando trabalhar com alternativas que possibilitem o desenvolvimento econômico, o desenvolvimento social, mantendo a floresta em pé, mantendo o equilíbrio ambiental, para que assim a gente consiga atingir o desenvolvimento sustentável”, ressalta o gerente de Concessão Florestal.

GOL investe na produção de biocombustível aéreo

A GOL decidiu apostar na produção de biocombustível com óleo de macaúba, com tecnologia concentrada em Minas Gerais, para avançar no setor do qual é pioneira no uso desta e de outras matérias primas como adicionais ao querosene de aviação. Segundo Pedro Scorza, representante da companhia aérea, a iniciativa visa reduzir a emissão de poluentes, compromisso assumido unilateralmente pela empresa.

A empresa foi a primeira do Brasil a realizar viagem de avião com o biocombustível, ou bioquerosene. O comandante da GOL citou o protagonismo da companhia. Em cinco anos de aferição, a GOL registrou uma diminuição de 8% de gases poluentes na atmosfera, graças à utilização de combustíveis renováveis.

Quando a empresa realizou o primeiro voo ‘sustentável’ com o biocombustível, afirmou o comandante, não havia nenhuma indústria no Hemisfério Sul apta a vender o produto. “Nós fizemos a estratégia de estruturar essa nova indústria para nos fornecer o bioquerosene. A gente quer fomentar uma nova indústria no Brasil, indústria do renovável, uma indústria verde, e que um dos produtos dessa empresa seja o querosene renovável”, explicou.

O comandante acrescenta que usar o bioquerosene ainda é um desafio para a empresa, por conta da diferença de valores entre os combustíveis.

“Hoje o custo do querosene fóssil é três vezes maior do que o renovável”, afirma. Scorza acredita que a solução para diminuir o custo de realizar viagens com biocombustível é a criação de um marco regulatório brasileiro para renováveis de aviação. “É a mesma coisa que eles (governo) fizeram com o etanol, com o biodiesel, só que com uma diferença grande: não só a GOL como qualquer outra companhia aérea pague o preço compatível ao fóssil”. Ele explica que a obrigatoriedade pode elevar o preço do biocombustível.

Fonte: O Dia

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