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Grana contrata doadora de campanha

Empresa que doou R$ 15 mil para campanha a prefeito de Santo André do então deputado estadual Carlos Grana (PT) em 2012 possui contratos com o governo petista que já renderam R$ 13,1 milhões aos cofres da terceirizada.

A CBS Médico Científica fornece remédios e materiais para a Prefeitura. Detém acordos com dispensa de licitação, por carta convite e também por meio de licitação. Ao todo, o valor que a CBS já recebeu é 873 vezes maior do que a quantia depositada para a campanha de Grana.

Assim como pequeno grupo de fornecedores ao Paço, a CBS recebe quase em dia do governo petista. Entre 2014 e 2016, a empresa emitiu notas que chegam a R$ 15,8 milhões. Os R$ 13,1 milhões já depositados representam 82,8% de todo volume de serviço prestado pela CBS. Os dados são do Portal da Transparência de Santo André.

A administração Grana limitou-se a dizer que “foi dispensada a licitação, em função da Lei 8.666, artigo 24”. “Os contratos são firmados entre a Prefeitura e esta empresa desde 2013 (quando Grana iniciou seu mandato)”, informou o Paço, sem detalhar se houve relação direta entre a doação de campanha com o contrato obtido.

Além do projeto eleitoral de Grana, a CBS Médico Científica também contribuiu com a empreitada de Luiz Turco, presidente do PT de Santo André, a deputado estadual. Foram R$ 10 mil à campanha do petista, indicado por Grana para a corrida eleitoral. Turco foi eleito com 78.670 votos.

FALTA DE REMÉDIOS
A despeito de a CBS ser uma das raras empresas a receber quase que religiosamente o pagamento pelo serviço prestado em Santo André, não é incomum relato de moradores que se deparam com falta de medicamentos na rede municipal.

No ano passado, a equipe do Diário noticiou alguns casos de munícipes que rodavam a cidade em busca dos remédios e, muitas vezes, voltavam para casa sem os produtos. Houve reclamações de ausência de medicamentos para combate à meningite e para tratamento de convulsões e de depressão. Pela falta dos remédios, filas se acumulavam nos postos de Saúde.

Em março, o Diário mostrou que o carbolitium (carbonato de lítio), utilizado no tratamento de transtornos psiquiátricos, não era disponibilizado desde dezembro. O governo justificou à ocasião que tinha aberto licitação para compra do medicamento.

A crise da falta de remédios na rede pública de Santo André fez com que vereadores convidassem o secretário de Saúde, Homero Nepomuceno (PT), para prestar esclarecimentos do caso. Ele reconheceu a ausência de alguns remédios e culpou, entre outros fatores, a alta do dólar, já que, segundo ele, há produtos da área da Saúde precificados na moeda norte-americana. Também alegou que mudanças na cobrança do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) ocasionaram pedido, por parte das empresas, de readequação dos valores.

Homero afirmou na ocasião que a lista de medicamentos fornecidos pela Prefeitura possui 510 itens, sendo que 286 eram voltados à rede básica. Em sua contabilidade, entre 6% e 10% dessa lista estavam em falta. O titular da Pasta admitiu a ausência de fenitoína (100mg), diagnosticada em convulsões; atenolol (25mg), para problemas cardíacos; e captopril (25mg), para hipertensão.

(Fonte: Diario do Grande ABC0

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